DO ESTADO NEOLIBERAL AO ESTADO NEO-SOCIAL

PROBLEMATIZANDO AS NOVAS PRIORIDADES NA GOVERNAÇÃO GLOBAL DA AGENDA EDUCACIONAL

Autores

Palavras-chave:

Estado Neoliberal e Neo-social, Educação Crítica e Análise social, Justiça Socioecológica, . Política, práxis e combate

Resumo

Este texto sintético dá conta dos eixos principais que alicerçaram a reflexão partilhada na palestra internacional realizada por nós, no dia 25 de maio de 2022.  Quer as perplexidades e interrogações quer os posicionamentos e apelos que foram tecidos por essa ocasião pública, só serão compreensíveis atendendo a que vivemos atualmente, por um lado, num contexto de multi-crises extremas e coevas: crise económico-financeira, crise pandémico-sanitária, crise bélico-nuclear, crise de atrocidades por crimes de guerra, crise climático-ecológica, numa listagem que poderia ainda continuar com a enumeração de crises diversas, com foco determinístico, cuja derivação sufixal é usualmente sintetizada em variadíssimos ‘ismos’ (autoritarismo, xenofobismo, racismo, homofobismo, idadismo, etc.); e por outro lado, num enquadramento político de transição entre um Estado Neoliberal e um Estado Neo-social. Face ao exposto sustentámos que, apenas se assentarmos o olhar analítico no que gostaríamos de designar como um ‘neo-realismo científico-social holístico e global’ é que, qualquer prioridade político-socioeducacional nas agendas públicas estatais, e das instâncias intergovernamentais, poderá ser devidamente problematizada e avaliada à luz da complexa ‘gramática do tempo’ corrente.

Biografia do Autor

Rosanna Barros , UALG - Universidade do Algarve

Doutorada em Educação. Membro do CEAD - Centro de Investigação em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária da Universidade do Algarve; e Membro do CIEd - Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho.

Referências

BARROS, R. As Dissidências Responsáveis e o Combate à Pobreza e à Exclusão: o Papel da Educação Crítica na Promoção da Equidade Social. Anais do II Colóquios de Política e Gestão da Educação da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba, n.2, p. xix-xxv. Sorocaba: Brasil, 2021. Disponível em: https://www.anaiscpge.ufscar.br/index.php/CPGE/article/view/988/1198. Acessado em: 20 jan.2022.

BARROS, R. The Role of Transnational Bodies in Lifelong Learning and the Politics of Measurement - The promise and pitfalls of outcomes-based assessment into Recognition of Prior Learning System in Portugal. In Fergal Finnegan, & Bernie Grummell (Eds), Power and Possibility: Adult Education in a Diverse and Complex World (pp. 53-63). Leiden/Boston: Brill-Sense Publishers, 2020. Disponível em: https://brill.com/view/title/56049. Acessado em: 20 jan.2022.

BARROS, R. Refletir com (im)pertinência intervir com ousadia: por uma educação transformadora. In: GARRIDO, N.C.; SILVA, O.M.; LIMA,P.G.; EVANGELISTA, F. (Eds.). A Educação de Jovens e Adultos para além dos Muros da Escola: perspetiva da Educação Social (pp. 253-276). Brasil: Editora Expressão & Arte, 2016.

BARROS, R. Sobre a redução do político ao técnico no campo da educação de adultos. Boletim Informativo da Associação Promotora da Educação Social (APES) - A Educação Social em Portugal, nº 3 fevereiro, p. 21-23, 2013.

BARROS, R. Subsídios Breves para o Debate de Princípios e Valores na Formação Política do(a) Educador(a) Social. Lisboa: Chiado Editora, 2012a. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.1/14098. Acessado em: 20 jan.2022.

BARROS, R. From Lifelong Education to Lifelong Learning: Discussion of some effects of today’s neoliberal policies. RELA - European Journal for Research on the Education and Learning of Adults, Vol. 3, No.2, p. 119-134, 2012b. Disponível em: http://www.rela.ep.liu.se/article.asp?DOI=10.3384/rela.2000-7426.rela0071. Acessado em: 20 jan.2022.

BARROS, R. A Educação Permanente como fonte para Repolitizar o Debate Público sobre Educação e Formação de Adultos. Revista A Página da Educação, Primavera 2011, Série II, nº 192, p. 110-111, 2011. http://www.apagina.pt/Digital/APagina192.pdf. Acessado em: 20 jan.2022.

BARROS, R. Investigar e Agir para Desafiar o Carácter Instrumental da «Nova EFA» - Pistas para Reanimar a Educação de Adultos como Pedagogia de Oposição. Revista Aprender ao Longo da Vida, 12, p. 46-49, 2010.

BARROSO, J. (Org.). A Regulação das Políticas Públicas de Educação: Espaços, Dinâmicas e Atores. Lisboa: Educa, 2006.

BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 2011.

ESTANQUE, E. Classes, precariedade e ressentimento: mudanças no mundo laboral e novas desigualdades sociais. Oficina do CES, 238, p. 1-20, 2005.

FRIEDMAN, M. Capitalismo e Liberdade. Coimbra: Atual Editora/Almedina, 2019.

JONES, H. A Guide to Monitoring and Evaluating Policy Influence - Background Note. London: Overseas Development Institute, 2011.

MILANA, M., TRONCA, L., & KLATT, G. European Governance in Adult Education: On the comparative advantage of joining working groups and networks. RELA - European Journal for Research on the Education and Learning of Adults, 11(2), p. 235–261, 2019.

SILVA, F. Metamorfoses do Estado: Portugal e a Emergência do Estado Neo-social. In Carmo, R. & Rodrigues, J. (coord.). Onde para o Estado? – políticas públicas em tempos de crise (pp. 19-52). Lisboa: Edições Nelson de Matos.

SOUSA SANTOS, B. A Gramática do Tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez Editora, 2006.

UNESCO, Reimaginar Nossos Futuros Juntos — Um Novo Contrato Social Para a Educação - Relatório da Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação. Brasília. Representação da UNESCO no Brasil, 2022.

VON MISES, L. As Seis Lições. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2009.

YOUNG, M. F. D. & MULLER, J. On the powers of powerful knowledge. Review of Education, v. 1, n. 3, p. 229-250, October 2013.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-05-27

Como Citar

Barros , R. . (2022). DO ESTADO NEOLIBERAL AO ESTADO NEO-SOCIAL: PROBLEMATIZANDO AS NOVAS PRIORIDADES NA GOVERNAÇÃO GLOBAL DA AGENDA EDUCACIONAL. Colóquios - Geplage - PPGED - CNPq, (3), p.xxvii-xxxii. Recuperado de https://www.anaiscpge.ufscar.br/index.php/CPGE/article/view/1024